Por Thereza Pires
O cultivo do cacau começou nas civilizações que habitavam os atuais territórios do México e da Guatemala.
Os astecas e maias, habitantes daquelas regiões, acreditavam que o Deus Quetzalcoatl - personificação da sabedoria e do conhecimento - trouxera dos céus as sementes sagradas, um verdadeiro alimento dos deuses.
Em 1519, o explorador espanhol Fernão Cortez, impressionado com a mística que envolvia chocolate e a fama de seu poder afrodisíaco, estabeleceu no México uma plantação de cacau para o Rei Carlos V. Começou a trocar sementes de cacau por ouro, bem que não tinha o menor valor para o povo asteca.
O governo espanhol monopolizou o comércio de chocolate, estabelecendo impostos muito altos, o que fez com que se transformasse em bebida das classes privilegiadas
A França começou a cultivar cacau na Martinica. O plantio chegou à Jamaica, Trinidad e São Domingos e, posteriormente, às Filipinas e outras regiões da Ásia. A princesa espanhola Maria Teresa, mulher de Luís XIV, introduziu o hábito de tomar chocolate na corte francesa, o que logo se tornou moda.
A comercialização do pó começa após o invento da prensa pelo químico holandês Coenraad van Houten, juntamente com a manteiga de cacau. Em 1819, François Louis Cailler abre a primeira fábrica de chocolates suíços. Em 1826, aparece o chocolate misturado com avelãs moídas, idéia de Philipp Suchard.Em 1875, Daniel Peter e Henri Nestlé inventam o chocolate ao leite.
O produto final foi cada vez se aperfeiçoando: mais macio, saboroso e cheio de ingredientes. Uma análise detalhada do chocolate revela que raramente é encontrada tanta energia e nutrientes naturais em um só produto.
A fabricação de chocolate, que começou em pequenas oficinas com equipamentos singelos, hoje tornou-se um rentável negócio de corporações multinacionais.
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